Sinta-se beijado(a)

A língua é o único músculo que diz a que veio. Eu falo o que penso, eu conto o que vejo, eu compartilho o que gosto, eu exponho meu modo eu me mostro. É um espaço meu, seu, é universal assim como o Beijo! Fique a vontade e divirta-se!

11 de jul. de 2010

GORDA - a peça!

Ontem me entreguei a magia do teatro e assiti a peça: GORDA. E foi um soco na consciência! Com muita piada sobre os gordos, em especial sobre "a gorda" a peça te faz rir no início e depois as piadas por serem muito pesadas vão perdendo a graça e vão ficando cada vez mais intragáveis, mas isso não é um comentário negativo sobre a peça. Na verdade é positivo pois a consciência vai pesando e a gente vai percebendo como o preconceito é uma merda, é injusto e cruel. A peça é muito boa, dei muita risada, tem ótimas cenas e essa jogada de pensar sobre o preconceito. A história é mais ou menos assim:

No palco, eles são Tony um executivo bem-sucedido (Michael Bertovitch) e Helena uma bibliotecária(Fabiana Karla), que por acaso se conhecem num self-service; ele comendo tofu, ela pudim. Ela carrega uma sacola de DVDs que se torna o assunto, e o executivo descobre que existe vida inteligente acima do manequim 44. Vidrado no alto-astral da moça, ele resolve deixar seu próprio preconceito de lado e mergulhar no relacionamento. Apaixonados, os dois passam a viver uma história linda, mas na escuridão. Enquanto Helena procura entender o porquê do namorado nunca levá-la para conhecer os amigos, ele passa o tempo se revezando entre os comentários de um colega de trabalho obcecado por mulheres de corpo perfeito (Mouhamed Harfouch) e uma ex-ficante (Flávia Rubim), também do trabalho. Uma garota narcisista que não consegue entender como foi trocada por uma… “gorda”.


Nesse desenrolar vemos como as pessoas podem ser cruéis, preconceituosas e covardes. E o o ponto fundamental da peça é que podemos nos enxergar dos 3 lados, agindo com preconceito, sendo o alvo ou não sabendo lidar com a situação. Vale pra refletir sobre todas as formas de preconceito. É um baque, mas todo mundo deve vivenciar uma experiência dessas pra tomar um lado como seu, e tomar atitudes humanas depois, pra ser mais tolerante e perceber que somos todos iguais.

Chorei muito no final e fiquei com uma dor no peito de pensar em quantas situações preconceituosas acontecem a cada segundo. É diferente de mim? Então não serve, não é de DEUS. PUTA QUE PARIU, vamos acordar pra essa vida! SOMOS TODOS IGUAIS NÉ NÃO?

*Informações da web*
De Neil LaBute, conhecido pelas abordagens densas, o dramaturgo americano trata de um tema aparentemente mais ameno. Pura ilusão. A trama explicita os preconceitos que podem permear uma história de amor.

*Amei ver a Fabiana Karla numa comédia-dramática, porque ela POOODE! E o elenco é muito bom, amei!!!

Um comentário:

Camilla Angelo disse...

Sou muito fã da Fabiana Carla e agora do seu blog! Bjooo